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Memorial Gazola recebe doação de projetor de filmes 16mm utilizado pela empresa durante a Segunda Gu

O acervo museológico do Memorial Gazola recebeu na tarde desta quinta-feira (14) uma doação que remete à época em que a Fábrica de Munições Gazola Travi & Cia foi declarada de interesse militar pelo Exército Brasileiro. Trata-se de um projetor de filmes 16mm de fabricação americana, que o Ministério da Guerra emprestou à empresa caxiense entre os anos de 1942 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

O equipamento foi doado pelo senhor Ronaldo Brunetta Gazzola, filho de Remy Gazzola e sobrinho-neto do fundador da empresa, José Gazola (1902-1972). Conforme Ronaldo, naqueles tempos costumavam ser passados aos diretores e funcionários da fábrica vários filmes sobre o processo de confeccção dos artefatos bélicos (morteiros, granadas, petardos, bombas, etc), muitos deles produzidos pela Gazola Travi, além de títulos cinematográficos com temática de guerra.

- Seria uma forma de todos tomarem mais conhecimento dos detalhes daquilo que estavam produzindo na época - estima Ronaldo.

Conforme o doador, o equipamento permaneceu muitos anos na casa do ex-diretor Lívio Gazola, filho de José Gazola. Ronaldo tomou contato com o aparelho em meados dos anos 1980, quando buscava um projetor antigo que reproduzisse o filme de casamento dos pais, Remy Gazzola e Vênus Brunetta Gazzola, realizado na Igreja São Pelegrino em 1953.

Emprestado por Lívio Gazola, o projetor acabou permanecendo na casa de Ronaldo e da esposa, Lígia, até esta semana, quando o casal resolveu conhecer o Memorial Gazola e promover a doação.

Nas fotos desta página, alguns registros do momento da doação, quando a família foi recepcionada pela diretora do Memorial Gazola, Maria de Fátima Canevese.

Ronaldo e o pai Remy

Ronaldo Brunetta Gazzola possui uma ligação bastante próxima com a trajetória da empresa, embora nunca tenha atuado na metalúrgica. O pai, Remy Gazzola, foi um dos sobreviventes da grande explosão de 22 de julho de 1943. Até falecer, em 2012, Remy sempre recordou do episódio, em especial da proteção de Santa Bárbara no momento da tragédia.

Conforme ele, a parede onde estava pendurada a estampa de Santa Bárbara foi a única que não desabou com o estrondo. Toda essa história foi recontada no documentário "Aos Olhos de Santa Bárbara", que você confere AQUI.

A ficha de registro de empregado do jovem Remy Gazzola, que tinha apenas 16 anos em 1943, também é uma das raridades do acervo documental e foi conferida por Ronaldo durante a visita, conforme mostram as fotos acima.

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