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Comunidade recorda os 74 anos da explosão de 1943 no Memorial Gazola

A tragédia que abalou a cidade, como o episódio ficou conhecido desde 1943, desperta lembranças até hoje. Isso ficou comprovado na tarde de 22 de julho de 2017, quando cerca de 200 pessoas, entre curiosos, ex-funcionários e comunidade em geral retornaram ao pátio da antiga Metalúrgica Gazola, na BR-116. Foi exatamente onde, em 22 de julho de 1943, seis jovens entre 16 e 20 anos foram vitimadas por uma explosão que chegou a ser ouvida no centro da cidade.


Ao redor do Marco em Homenagem às Moças Operárias e ao som de “Rosa de Hiroshima”, entoada pelo Coro em Si, a cerimônia mesclou lembranças e homenagens às jovens Irma Zago, Graciema Formolo, Olívia Gomes, Maria Bohn, Teresa Morais e Julia Gomes. O destaque foi a visita da senhora Jurema Gubert Weber, 84 anos, irmã de Odila Gubert, a sobrevivente da explosão e que faleceu em 2003. Outra presença marcante foi a de dona Geny Santina Formolo, irmã de Graciema Formolo, que morreu na hora.


A programação também reservou uma visita guiada ao Memorial Gazola – Museu da Metalurgia de Caxias do Sul. É onde, desde 2013, está sendo organizado parte do acervo referente à empresa desde sua fundação, em 1932. Com um auxílio de uma equipe de voluntários e de acadêmicos da disciplina Estágio IV do curso de História da UCS, o Memorial conta atualmente com cerca de mil peças catalogadas, com destaque para o armamento bélico fornecido ao Exército pela Gazola durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, o espaço abriga peças de cutelaria, fotografias, medalhas, bustos, certificados, projetos originais e fichas de antigos funcionários.


O Memorial Gazola ainda está em construção e está aberto à visitação apenas com hora marcada, pelo fone (54) 3041.1511. A iniciativa de preservar a história e salvaguardar todo o acervo é do Grupo Sular, dos diretores Jair e Sergio Canevese, e da historiadora Maria De Fátima Canevese, que adquiriram a área da antiga metalúrgica.


Atualmente, o memorial situa-se num pavilhão temporário na entrada do complexo. A ideia é instalar o museu definitivo exatamente no prédio onde ocorreu a explosão de 1943, junto ao marco histórico. O trágico episódio completa 75 anos em 2018.



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